Tem muita gente reclamando. Nas redes sociais, há inúmeros desabafos — e piadinhas sobre os últimos doze meses.
Foi um ano de instabilidade política, de turbulência econômica e, principalmente, de incerteza. Muitos ficaram pelo caminho. Gente boa perdeu a vida. Aliás, perdeu-se muito: emprego, dinheiro, esperança.
Pode ter sido difícil, sofrido, mas o ano acabou e você continua de pé.
Dá para encontrar muita coisa positiva. Veja aqui uma pequena amostra:
- O Papa Francisco se encontrou, em Cuba, com o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo. Foi o primeiro encontro entre seus líderes, desde o Grande Cisma do Oriente de 1054. Foi isso mesmo que você leu. Em 2016, depois de quase mil anos, os líderes da cristandade colocaram as diferenças de lado e se encontraram em uma ação conjunta pela fraternidade.
- Ainda em Cuba, o presidente americano Barack Obama fez uma visita histórica à ilha, iniciando formalmente um processo de aproximação diplomática.
- Por falar em guerrilhas, finalmente foi celebrado o acordo de paz na Colômbia. Foi mais de meio século de combate que começou como uma luta ideológica e, com o tempo, passou a produzir drogas, sequestros, terrorismo e muita morte.
- A Solar Impulse II se tornou a primeira aeronave movida a energia solar a cruzar o mundo. A Impulse completou 42.000 quilômetros em 17 voos, para os quais necessitou de mais de 500 horas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou a iniciativa como “um dia histórico para a humanidade”.
- Dois professores brasileiros, Wemerson Nogueira, capixaba de apenas 26 anos, e o amazonense Valter Pereira de Menezes estão entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o “Nobel da Educação”.
Ao citar boas notícias, o objetivo não é minimizar o sofrimento de ninguém. Todos temos as nossas dores. Algumas são mesmo insuportáveis.
Mas, definitivamente, trata-se de exaltar a capacidade humana – a sua capacidade, caro(a) leitor(a) – de superar obstáculos e vencer as crises.
Permita-me dividir com você uma cena bonita a que assisti por pura sorte.
Eu estava na praia, o dia estava acabando e o sol caía do lado do continente. O local onde eu estava não tinha iluminação. À medida que o sol se escondia, apenas a lua brilhava no céu.
Sentei-me na arrebentação. Respirei fundo vendo aquele quadro e ouvindo as ondas baterem nas pedras. Nós, seres humanos, ocupamos a natureza e a tratamos como propriedade nossa e, pior, descartável.
Mar aberto à minha frente, céu escuro e lua clara, entendi que só me restava agradecer a Deus pela minha vida, pela vida da minha família, e pela oportunidade de estar neste mundo, desfrutando das belezas e das coisas que realmente têm valor.
É isso o que eu queria lhe deixar como última mensagem do ano: a consciência das nossas dificuldades, o reconhecimento de que nem tudo é má notícia e a reflexão de que temos nossa liberdade, o ar, o mar e a lua, de graça, e somos parte de algo muito maior do que nossas mazelas.
Quero te convidar a também respirar fundo e gritar forte para 2016 que ele acaba, mas você não! Nós vencemos! Podemos ter balançado algumas vezes, mas terminamos o ano de pé.
E que venha o próximo!
Feliz 2017!
E você, lembra-se de mais notícias boas? Conte pra gente nos comentários aqui embaixo.
Fonte das notícias:
http://veja.abril.com.br/ciencia/aviao-solar-impulse-2-conclui-1a-volta-ao-mundo-sem-combustivel/
http://www.globalteacherprize.org/finalist/wemerson-da-silva-nogueira/
http://www.globalteacherprize.org/finalist/valter-pereiade-menezes/
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