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Tem um robô no meu escritório!

Gestão de carreira

28/03/2017 - 10:31 | Publicado há 7 anos atrás

Somente hoje você percebeu que seu colega de trabalho tem um parafuso perto da orelha, meio escondido pelo cabelo? Depois de meses de convivência? É, a automatização chegou!

OK, não será bem assim que você descobrirá seus colegas robôs, muito menos encontrará alguém parecido com aqueles personagens do cinema como os Transformers, o Homem Bicentenário ou o garoto David, interpretação magistral de Haley Joel Osment no sugestivo filme Inteligência Artificial, de Steven Spielberg.

No entanto, eles estão por todo lado. São caixas automáticos dos bancos, que nos entregam o dinheiro de forma rápida e (quase) sem burocracia. Aspiradores de pó que limpam casas, carrinhos militares que desarmam bombas sem colocar as pessoas em risco e os chatbots, os atendentes virtuais pelo computador, que dizem boa tarde e bom dia e perguntam onde você vai almoçar hoje. Nós gostamos deles e achamos que são úteis.

Mas, os robôs da atualidade também dirigem tratores e colhem frutas, fazem diagnósticos médicos, sugerem procedimentos jurídicos e aconselham investimentos. O pessoal que toma decisões baseadas nos custos ainda costuma fazer piada dizendo que eles trabalham dia e noite, não almoçam e não tiram férias.

A robotização ou automatização terá um impacto significativo em diversos setores da economia e já existem estudos das mais prestigiadas universidades do mundo dizendo que quase metade dos postos de trabalho atuais estarão extintos nos próximos 25 anos. Diante dessas mudanças, fica a dúvida: como lidar com tanta inovação no escritório?

Grandes consultorias têm se debruçado sobre a automatização e se esforçado para encontrar caminhos para evitar a desocupação em massa da mão de obra humana. Há poucas semanas, em São Paulo, a KPMG trouxe especialistas estrangeiros para um seminário oferecido a convidados. Cliff Justice, sócio-líder de Inovação e Automação Cognitiva da KPMG nos Estados Unidos garantiu que “The robots are coming, but humans aren’t leaving” – em tradução livre, os robôs estão chegando, mas os humanos não estão saindo.

Profissões afetadas pela automatização

Outra grande consultoria, a McKinsey, divulgou estudo em janeiro último, onde analisa 820 ocupações na economia americana e garante que somente 5% delas serão completamente automatizadas. Por outro lado, o mesmo estudo aponta que a taxa média anual de crescimento do emprego nos próximos 50 anos será de apenas 0,1% e que metade, isso mesmo!, metade do tempo de trabalho dos americanos é gasto com tarefas passíveis de automação.

O debate sobre os impactos das novas tecnologias no trabalho humano está só começando. De um lado, cientistas garantem que afetarão centenas de milhões de trabalhadores em todo o mundo. Do outro lado, já vi gente dizendo que não se preocupa porque “os cavalos não foram extintos depois que inventaram os caminhões”.

Na minha opinião, o que realmente importa é como cada um de nós está lidando com as mudanças. Não dá para ignorá-las, pois acontecem de forma muito rápida. O smartphone foi apresentado como um aparelho popular há 10 anos (e alguns dias). E em 2016 a Apple anunciou que já vendeu mais de um bilhão de unidades. Só a Apple!

Quando eu comecei a trabalhar ainda não existiam e-mails nos escritórios e a maioria trabalhava em uma máquina de escrever. É, datilografia, sabe? Meus filhos fazem gozação dizendo que sou muito velho, mas não sou. E conheço secretárias que perderam emprego e tiveram que reduzir seu padrão de vida porque não conseguiram se atualizar.

Automatização: não é o fim!

A automatização pode ameaçar o trabalho de muita gente, mas eu acredito que existe espaço para uma vida profissional mais feliz, harmoniosa e colaborativa. Mas também acredito que muita gente vai se mobilizar contra a modernização. Os motoristas de táxi, por exemplo, que acham que bater nos motoristas da Uber resolve algum problema.

Permita-me compartilhar um sonho com você. Imagine um mundo do trabalho onde cada um fará somente o que gosta. Além disso, conseguirá seu sustento a partir do valor que efetivamente consegue acrescentar para a sociedade.

Você pode achar que isso é impossível. Eu respondo com a recomendação do sujeito que apresentou o iPhone ao mundo:

Mantenha-se faminto por coisas novas, mantenha-se certo de sua ignorância. Continue ávido por aprender, continue ingênuo e humilde para procurar. Tenha fome de vida, sede de descobrir. Stay hungry, stay foolish.

Não dá para traduzir as palavras finais do Steve Jobs sem roubar-lhes a força. Mas colocamos abaixo o link para você assistir ao vídeo onde ele as pronuncia.

Venha sonhar com a gente! 

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Por Enes Vilela, coach e executivo de Recursos Humanos. Fundador do blog Carreira & Felicidade e da empresa Rede Especialista, lida há 20 anos com gestão de carreira e atuou na formação de mais de oito mil trabalhadores.

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