Na quinta-feira, dia 1, realizamos o último treinamento previsto para 2016. Convidamos profissionais autônomos, e, como resultado, conseguimos reunir gente de diversas áreas, como publicidade, recursos humanos, medicina e engenharia.
Foi uma combinação interessante (e potente!) de saberes. O público participou bastante, se identificou, questionou e propôs soluções.
Durante uma apresentação aprofundada, de quatro horas, foi possível trazer à tona algumas oportunidades pouco exploradas durante uma crise como a que atinge o Brasil. Sim, existe vida durante a crise.
Mas, antes, é preciso entender que nossa carreira é regida por um modelo que não se sustenta mais. E a grande novidade é que esse sistema tão consolidado se tornaria ultrapassado mesmo se o cenário econômico fosse diferente.
A ideia que nos venderam é a de que basta estudar por décadas, trabalhar e competir para garantir uma aposentadoria tranquila. Isso funcionou por muito tempo. Hoje, porém, é cada vez mais questionável essa “lógica” do trabalho.
A geração formada pelos millennials (ou geração Y) já percebeu as rachaduras nesse sistema. Eles não ficam anos na mesma empresa, ao contrário de seus pais, que sempre viram na estabilidade uma promessa de felicidade. Valorizam mais o aqui e o agora do que um suposto bem-estar futuro.
Para além dessa insatisfação (e temos muito a aprender com ela), há o fato de que a maioria das pessoas não é feliz no trabalho. No Brasil, esse percentual é de 61%, de acordo com uma pesquisa divulgada pela ETALENT e a Catho em outubro de 2015.
A saída mais comum é apostar em uma nova colocação ou no empreendedorismo. O problema é que já não existem mais empregos para todos, por conta da automação, cada vez maior — tanto que é chamada de Quarta Revolução Industrial –, e também do contexto pouco animador em que vivemos.
Tornar-se empresário também não é uma solução que funcionará para todos, infelizmente. Basta conferir o quão baixa é a sobrevivência de novas empresas ao longo dos anos — metade fecha as portas após quatro anos de atividade, segundo dados do IBGE publicados em 2015.
E agora? A Rede Especialista propõe o trabalho colaborativo como um caminho possível para exercer a profissão em tempos de crise e escassez de empregos formais. Saiba como isso funciona em nosso próximo post!
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