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Ninguém decide nascer. Nasce, e pronto! Então, por que sobreviver é tão complicado?

Felicidade Gestão de carreira

13/07/2017 - 11:17 | Publicado há 7 anos atrás

“É um absurdo uma mulher estudar medicina”. Essas foram as palavras que Zilda escutou de um professor que a reprovou logo no primeiro ano da faculdade de Medicina, em 1953. Quantas vezes você já ouviu palavras de desânimo vindas de quem você mais esperava apoio? A falta de coragem e de fé em si mesmo leva muita gente a desistir de sonhos e de encontrar um propósito na vida.

Mas Zilda não desanimou. Nessa mesma época ela já começou a cuidar de bebês com menos de um ano e se impressionou com a grande quantidade de crianças internadas com doenças de fácil prevenção. Era o início de um grande legado.

Posteriormente, ela enveredou pelo caminho da saúde pública. Começou a trabalhar no Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em Curitiba (PR). Depois, foi nomeada diretora de Saúde Materno-Infantil da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná.

Além de médica, Zilda era irmã do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. Em 1983 fundou a Pastoral da Criança, um programa de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Inicialmente, o grupo era pequeno, composto por voluntários do Paraná e voltado para a redução da mortalidade infantil nas famílias pobres, através da disseminação do uso do soro caseiro. Na cidade de Florestópolis (PR), onde tudo começou, a taxa caiu de 127 óbitos/1000 mil crianças para 28 óbitos.

Nos quase 30 anos em que esteve à frente da Pastoral, Arns expandiu o programa, que passou a alcançar 72% do território nacional, bem como vinte países na América Latina, Ásia e África. A dedicação da Dra. Zilda, como era mais conhecida, salvou a vida de milhões de brasileirinhos e estrangeiros. O trabalho lhe rendeu três indicações ao Prêmio Nobel da Paz.

Seu árduo trabalho chega ao fim em 12 de janeiro de 2010, dia em que os habitantes de Porto Príncipe, capital do Haiti, viveram o que talvez tenha sido a maior tragédia de suas vidas. Um terremoto de 7,0 graus na escala Richter afetou cerca de três milhões de pessoas e causou a morte de mais de 250 mil.

Entre as vítimas, está a Dra. Zilda, aos 75 anos de idade. Seu fabuloso legado, entretanto, permanece vivo até hoje.

“A Pastoral da Criança, desde o início, teve a preocupação não só de reduzir a mortalidade infantil e a desnutrição, mas também de promover a paz nas famílias e comunidades, pelas atitudes de solidariedade e a partilha do saber a todas as famílias” (Zilda Arns).

Essas são as palavras de alguém que encontrou no trabalho uma fonte de muita satisfação e da força de um propósito, capaz de marcar toda uma vida, e muito além dela. Zilda deu a vida pelo trabalho que executava com maestria, mas também com simplicidade e um profundo amor pela profissão.

Encontrar propósito no trabalho, porém, não é uma realidade para todos. A verdade é que, no mundo inteiro, as pessoas sofrem com a falta de um emprego para garantir o básico. Logo, achar um emprego com algum significado e razão de viver pessoais torna-se um privilégio de poucos.

trabalhadores

Nos momentos livres, a grande massa de trabalhadores prefere descansar e pensar em qualquer coisa que não seja trabalho. A profissão fica para escanteio e chega a ser vista como um castigo necessário para a sobrevivência.

Sustento x propósito

É normal reclamarmos do trabalho. Até mesmo as pessoas com empregos “invejáveis” têm dias difíceis em que a rotina se torna estressante. Mas é interessante, porque o trabalho, na essência, é uma forma de obter recursos para a sobrevivência.

Mesmo os mais abastados se deslocam até a comida. Em regiões remotas, há quem caminhe dezenas de quilômetros para obter água. Vários mamíferos só abrem os olhos alguns dias depois de nascidos. E isso não os impede de se alimentar. Tudo isso mostra que a busca pelo sustento é parte da vida. Mas… se é uma condição natural, porque temos tanta dificuldade para obter trabalho?

Você não tem que lutar pela oportunidade de respirar. Você respira e pronto! Da mesma forma, não precisa passar por um processo seletivo para fazer algo bem feito. Você se dedica, reúne talento e esforço, e produz algo inédito, fruto da sua capacitação.

Deveria ser assim com o trabalho, não é mesmo?

Por isso é que nós, do Carreira & Felicidade, trabalhamos para que não falte mais trabalho para ninguém! Aqui ensinamos as pessoas a serem autoras de seu próprio destino. Queremos que nossos alunos tomem as rédeas de sua vida de trabalho, sem depender das escassas vagas formais de emprego.

Venha conhecer o nosso trabalho! Queremos conversar com você e descobrir: o que você quer? Podemos te ajudar. Entre em contato com a gente. Você pode estar mais perto de ter propósito no trabalho do que imagina.

Esperamos por você!

Por Enes Vilela, coach e executivo de Recursos Humanos. Fundador do blog Carreira & Felicidade e da empresa Rede Especialista, lida há 20 anos com gestão de carreira e atuou na formação de mais de oito mil trabalhadores.

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